sábado, junho 16, 2007

Já Faz Tempo

Hoje compreendi uma pequena coisa! Já há imenso tempo que não vinha aqui dar duas de letra comigo mesmo e, julgava eu, que não o fiz por preguiça. Mas tal não é verdade!!! Compreendi que fiquei rendido à desilusão. Da última vez que escrevi Portugal passava por tempos conturbados económica, financeira, social e politicamente, aquela altura do desaparecimento do ridículo governo psd/cds pp (ainda me dá pesadelos) e uma nova esperança tomou conta de mim. Acreditei que o sistema político poderia funcionar e as coisas com boa vontade pudessem realmente mudar. E mudaram. Mas nem por isso, pois não? Aparte uma ou outra medida populista as coisas mantiveram-se más, para não dizer que pioraram: poder de compra, falta de emprego, falta de visão, corrupção em todos os sectores, sistema judicial ineficiente, fraudes, empresários que só olham para o seu umbigo, perda de conquistas do estado social, dos trabalhadores, dos utentes do serviço nacional de saúde, cunhas, aumento de impostos, lógica da batata, etc, etc, etc... Acho que este governo tem sido, apesar de algumas boas medidas, para mim, não é o governo do choque tecnológico, mas o governo do choque da realidade! A realidade é que este sistema político em que Portugal se insere, i.e., uma pseudo-democracia. E o pior de tudo é ainda não ter encontrado um modelo alternativo verdadeiramente viável, pois exige a componente falaciosa humana. Ou melhor humana portuguesa. Sinceramente não vejo tão cedo o surgimento do quinto império espiritual e cultural liderado por Portugal, qual rosto da Europa, do qual nos falava o poeta. Não quero que este texto seja deprimente, muito embora seja quase impossível retransformá-lo agora que cheguei a este ponto. Digamos que não é um decreto deprimente, mas apenas um desabafo momentâneo. Verdade que prefiro publicar aqui as coisas que vão mal e reconheço que aqui sou aquele que só vê o lado negativo. Mas sinto que é nele que devo insistir enquanto as mudanças forem uma mera fachada.

Alguns pontos recentes:

Pelos vistos os EUA (i.e. Bush) pretende liderar um proximo acordo ambiental que substitua o acordo de Kyoto. Parece ser um acto de grande nobreza, vindo de um pais arrependido ao não ter aproveitado o ultimo acordo (que é como quem diz: recusado assina-lo). Isso ou então é uma tentativa de desvirtuar a própria ideia de acordo d forma a que os queridos EUA não parecem uns vilões. Uma coisa pelo menos seria vantajosa: a capacidade da administração bush de colocar prazos e metas (senão vejamos o caso do Iraque).

Em Portugal o nosso PM decidiu dar computadores ao pessoal. Aparte o populismo da medida, acredito que é um passo para que os Portugueses finalmente entrem nos anos 90! Acho que ajuda na educação é sempre bem vinda. Outro aproveitamento dos computadores que os putos a entrar no 10º ano poderão obter destes computadores (muita atenção que agora ou enviar uma pérola daquelas a nunca esquecer) é vende-los, pôr o dinheiro a render (esta expressão diz muito acerca do dinheiro, não diz????) e depois quando forem para a Universidade já terão dinheiro suficiente para um ano de propinas!!! Nada mau!!!??

Outra pérola: Se partirem um braço, não se esqueçam de pedir ou a um familiar, ou a um amigo, ou em caso de ausência destes dois últimos, um estranho par vos aleijar bastante mais, por que isto de ficar pouco tempo no hospital e debaixo dá um prejuízo que vocês nem calculam!!!!

Por fim um pedido ao nosso PM:

POR FAVOR queremos um referendo sobre a OTA e o TGV. É que depois daquela do Europeu e que depois seria recompensador ter 10 estádios topo de gama o pessoal já percebe um bocadinho sobre más aplicações de dinheiros dos contribuintes! É só uma ideia!!! (Já estou a ver empreiteiros e maçónicos em movimentos pró-ota)

Para o caso de não voltar tão cedo: um feliz ano a todos, boas férias, e todas as coisas boas da vida. Para os meus verdadeiros amigos um enorme e sincero abraço e vamo-nos vendo!!!!!!

quinta-feira, novembro 24, 2005

O Papa Bento, ou uma pequena razão de não ser católico


Admissões:
- Pervertidos;
- Violadores;
- Tarados;
- Pedófilos;

Não Admitidos:
- Casados;
- Homossexuais;
- Mulheres.

Agora imaginem a galhofa de quem formula isto. Igreja no seu melhor!!!!

sábado, setembro 10, 2005

Já vai tarde, mas aqui vai


Fernando Távora 1923 - 2005

Nasceu no Porto a 25 de Agosto de 1923. Licenciou-se em Arquitectura em 1952, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde viria a ser professor. Foi presidente da comissão para a criação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e professor catedrático desta faculdade. Foi, igualmente, professor do departamento de arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e doutor honoris causa por esta universidade.
Integrou o famoso Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa (1955), cujo trabalho de campo permitiu demonstrar que a arquitectura portuguesa tinha uma variedade enorme, não havendo uma «casa portuguesa». Este tema já o acompanhava nas suas reflexões, pois tinha publicado o texto «O Problema da Casa Portuguesa» (1947), problema a que voltaria mais tarde, na publicação «Da Organização do Espaço» (1962 e 1982).
Participou em numerosos congressos, entre os quais os últimos Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna, os célebres CIAM. Num deles, apresentou a Casa de Ofir, um momento de especial relevância na história da arquitectura portuguesa: nesse tempo, a arquitectura nacional acertava o passo com o que se passava no mundo e as vanguardas passaram a estar na mira do traço dos arquitectos portugueses.
Sobre esse momento, Fernando Távora disse que se tratou não de uma revolução mas de uma «evolução». Explicando: «Eu tenho uma característica que é fundamentar muito os edifícios relativamente às circunstâncias, ao momento e ao lugar». A Casa de Ofir revelaria essa característica. «Eu achei interessante levá-la ao CIAM porque estava a gozar-se já de uma certa liberdade. Depois, começou a descer, os ventos começaram a cansar-se».
Diversas exposições tiveram como tema o seu trabalho, no Smithsonian Institution de Washington, na Escola Superior de Belas Artes do Porto, na Fundação Calouste Gulbenkian, no Museu Soares dos Reis do Porto, na exposição «Europália 1991», na Trienal de Milão ou na Bienal de Veneza.
Ganhou o primeiro prémio de arquitectura da Fundação Calouste Gulbenkian, o Prémio «Europa Nostra» (pela Casa da Rua Nova, em Guimarães), o Prémio Turismo e Património de 1985 e o Prémio Nacional de Arquitectura de 1987 (pela Pousada de Santa Marinha, também em Guimarães).
Estava já previsto que Fernando Távora fosse a figura central das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura, que se celebra no início de Outubro, por parte da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos.
Fernando Távora faleceu no dia 3 de Setembro de 2005, aos 82 anos, e o seu corpo foi cremado no final da manhã do dia 5 de Setembro, no cemitério do Prado do Repouso, no Porto.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Soares, Cavaco ou o voto em branco

Diz o El País que a política em Portugal está morta, prova disso o resurgimento de velhos dinossauros, como Cavaco e Soares, a fugida de Barroso ou ainda antes a desistênciade Guterres. Se já todos perceberam isto porque é que em Portugal ainda ninguém chegou lá?

quarta-feira, agosto 17, 2005

Ah....

Afinal sempre vale a pena ter parlamento


"Agora que ninguém está a ver..."

sexta-feira, agosto 05, 2005

Choque... Tecnológico

Choque:
- Aeroporto da Ota.
- TGV.

Tecnológico (em segredo de estado):
- Transportadores de matérias ligando o Aeroporto da Ota a Lisboa.
- UmTGV de mercadorias.
- Estado ganha o EuroMilhões durante os próximos 10 anos.

Diga lá agora que não é viável!!!!!

Mais, por Portugal:

- triste, triste é que o Cavaco vai ser presidente. O lado positivo é que não é o Santana!
- ainda há floresta para arder!!! Pró ano logo se vê.
- a PT aposta forte em investimentos no Brasil, assim como o BES e António Mexia (ex-ministro obras públicas).
- em Lisboa a luta adensa-se entre Carmona Rodrigues, Eterno Incompetente, Manuel Maria Carrilho, O Jardim do Parque Mayer e José Sá Fernandes, social democrata à antiga tipo sueco com plano de habitações para o cais do sodré (sinceramente e pelo desprezo que sinto pelo BE, digo que não poderiam ter escolhido candidato mais coerente com o vosso estilo para apoiar).

Começar de novo!!!!!!!!!!!

quinta-feira, junho 23, 2005

Este País

Há fogo, afinal há fogo. E melhor que isso, ainda há floresta para arder. E ela arde e arderá. Aquilo que tem sido feito, se é que alguma coisa foi feita, não é o suficiente para mobilizar nem privados nem Estado para que algo seja feito no sentido de proteger o que ainda vai restando da nossa floresta. Será que todos pensam: "Deixa pa lá. Depois vêm os fundos da U.E". Só para informar: ACABOU A MAMA!!!Pelos vistos o défice não é de 2,8 nem de 2,9 , nem mesmo de 4 ou 5, mas sim 6,8, comprovado pelo Banco de Portugal. Ferreira Leite diz que não. É um cálculo erróneo que presupos muitos "se's" na tentativa de desmascar, quero dizer, desprestigiar o anterior governo, em particular (subentendo) a própria ex-ministra. E confesso, gosto muito deste título na Ferreira Leite, ex-Ministra das Finanças, ex-Ministra da Educação, assenta-lhe a ela bem e a nós oh, oh, doce paraíso. Como reduzi-lo? Apresentadas estão as soluções, algumas pecarão por pouco, outras por muito, estou certo. Mas acredito em algumas como o caso do fim do sigilo fiscal. E mais, vou dar em chibo, que isto de andar a pagar os impostos todos e não ter dinheiro para pagar o passe (a porcaria da gasolino só sobe, pelos preços do passem, nunca desce. Isto de serem oscilatórios, tem que se lhe diga) enquanto o vizinho tem casa de vinte quartos, dois jaguar, tudo isto por alguém ofertado ao filho. Graças a Deus que existem estas boas almas porque senão imagino a tristeza do Pai que ganha o salário mínimo e nunca poderia ofertar coisas como estas ao filho estimado. Isto de fugir aos impostos tem muita sabedoria, não admira que seja tão dificil apanhá-los, os gajos parecem pobres.Por fim, eram 500, eram 70, era 2,9, era 6,8. É de mim ou isto depois do Guterres nada foi igual com as contas?