sexta-feira, fevereiro 25, 2005

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Para variar um pouco já não escrevia à séculos.
Mas depois das eleições devo dizer alguma coisa:
Santana, meu caro, F O D E S T E - T E!!!!!!!

Agora um pouco mais sério.

Sinto que devem ser realçadas duas coisas desta maioria. Primeiro de tudo o país precisava de uma maioria para que as coisas não se afundassem economicamente ainda mais. Permitiu manter, até certo ponto, a crença dos poucos (e nem por isso bons) investidores em Portugal. Em segundo lugar obrigou (pelo menos assim espero) Santana Lopes a descer à terra e compreender que, a memos que algo de muito mau aconteça, jamais chegará a presidente da república, desejo que acalenta desde pequeno.
No entanto será erróneo acreditar que esta maioria é resultado de confiança (O Eng. Socrates que me perdoe, mas não é propriamente um lider), mas resultado de um desejo de real e verdadeira mudança. E temos boas perspectivas. O povo já começa a abituar-se a ter o cinto apertado, precisa de um pouco de folga, mas aceita mantê-lo apertado. É um bocado paternalista, mas se já fizemos com o outro faremos com este também. Mas são urgentes reformas sérias, profundas e amplas o suficiente para que as coisas melhorem. Sem medos, com firmeza. Poderão dizer que o PSD/CDS-PP fizeram o mesmo. Esperemos que estes não usem a lógica do absurdo em que se vende o que tem, não se investe e espera-se a ver o que dá. Merda, obviamente. Mas existem economistas que apoiam estas visões e isso é assustador. Creio que não acontecerá. O cavalo de batalha foi o progresso tecnológico e científico. Sectores que acredito serem vitais para que a nossa economia se desenvolva. Há os que acreditam profundamente que o método neo-liberal de economia que tão bem resultou com a China, Coreia do Norte e Estados Unidos, deve ser implementado em Portugal. Se nos singirmos a números esta solução é perfeitamente compreensível. Obviamente que teremos de fechar os olhos todo o aspecto social inerente das políticas neo-liberais. Chegamos até aqui, pra quê voltar atrás? Deveremos ter não os Estados Unidos, ou a China como modelos económicos, mas antes países como a Finlândia. Obviamente não dominaremos o mundo economicamente, mas isso também não aconteceria como o método liberal. Em termos sociais acredito que faça toda a diferença.